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Dr. Rafael Oliveira
Especialista em Neurocirurgia e Cirurgia de Coluna Vertebral
SÍNDROME DOLOROSA COMPLEXA REGIONAL
O que é a sindrome dolorosa complexa regional?
A Síndrome Dolorosa Complexa Regional (SDCR) é definida por uma dor persistente de forte intensidade em uma extremidade, geralmente desproporcional ao evento desencadeante. Em outras palavras, trata-se de um conjunto complexo de fenômenos neuropáticos que podem ocorrer com ou sem lesões nervosas. Acredita-se que seja uma doença decorrente de um mecanismo neuronal reflexo após um evento traumático. A avaliação médica é de fundamental importância para definir os casos onde existe dissimulação com base psicológica ou a tentativa de ganho secundário.
Devido a alta complexidade de entendimento fisiopatológico e diagnóstico, tal condição já recebeu diversas denominações. Hoje, tenta-se classificá-la em dois tipos.
* Tipo 1 - Não existe lesão nervosa. Antigamente denominado Distrofia Simpático Reflexa.
* Tipo 2 - Com lesão nervosa real e a dor não limita-se ao território do nervo afetado. Antigamente chamada de Causalgia.
Clínica e Diagnóstico
A clínica envolve, basicamente, dor de caráter neuropático em queimação ou fincadas, associada a disfunções autonômicas como cianose, edema, superfície corporal fria e pilificação local. É comum a presença de alodinia (dor desencadeada por estímulos leves), pele seca local e pouca mobilidade. O diagnóstico é, basicamente, clínico.
Para tentar facilitar tal difícil conclusão médica, foi estabelecido certos critérios:
1) Presença ou não de lesão inicial (antigamente era necessário a oocrrência de trauma prévio)
2) Existência de duas ou mais das características abaixo:
* Hiperestesia
* Sintomas vasomotores (alteração de cor e/ou temperatura)
* Edema e/ou sudorese
* Alterações motoras
Pode-se solicitar raio x do membro afetado que talvez demonstre alteração de calcificação ou eletroneuromiografia que, ás vezes, demonstra lesão nervosa. Entretanto, não são exames patognomônicos.
Tratamento
O tratamento pode ser feito com o uso de antidepressivos tricíclicos, bloqueio simpático, simpatectomia ou fisioterapia. O prognóstico é bom, desde que seguidas as recomendações e excluídas causas psiquiátricas e de ganho secundário.
Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna
Porto Alegre - RS