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MIELITE ASSOCIADA AO VÍRUS HTLV-I

Características

    A mielite associada ao vírus HTLV-I, também conhecida por paraparesia espástica tropical, é uma condição viral onde tal patôgeno atua a nível medular interferindo no bom funcionamente desse órgão. Trata-se de uma doença de caráter crônico, progressivo e sem remissões. Somente 5% dos portadores de tal infecção irão desenvolver esse complicada patologia medular. É mais comum a nível torácico, sendo não usual o comprometimento cervical. A transmissão viral pode dar-se via contatos sanguineo e sexual e amamentação.

Clínica e Diagnóstico

     A clínica é dotada de ampla gama de achados medulares. Geralmente, ocorre marcha espástica, fraqueza holística, enrijecimento de membros inferiores e desequilíbrio. Com a evolução pode fazer-se presente bexiga neurogênica e disfunção erétil. Ao exame clínico é comum encontrar-se sinais de liberação piramidal como Babinski e hiperreflexia.

    O diagnóstico é obtido com a clínica associada a comprovação sanguinea da existência do vírus HTLV-I. Ressonância de coluna também pode ser útil, demonstrando atrofia medular.

Tratamento

     Por tratar-se de uma doença progressiva e sem cura, as terapias disponíveis visam, somente, controle sintomático. A espasticidade pode ser amenizada com baclofeno e diversos medicamentos podem ser endereçados ao tratamento das dores neuropáticas. É uma patologia com grande morbidade, sendo o prognóstico ruim.

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna Vertebral

Porto Alegre - RS

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